12 coisas a Lembrar.
Dou comigo a pensar se devo manter este blog ou eliminar, hoje já apaguei imensas fotos quer de FB quer do IG e com isso eliminei "amigos" e páginas que me seguiam e que eu seguia.
Uma espécie de limpeza virtual, já não é a primeira, e definitivamente não será a última.
Quando li este post das 12 coisas, pensei para comigo, o positivo que é usar o termo lembrar em vez de esquecer. E de como por vezes somos ruins connosco próprios, demasiado exigentes e perniciosos.
Que a verdadeira mudança vem de dentro, que não temos que nos dar a toda a gente, que merecemos ser vistos, reconhecidos e amados porque sim e não porque somos úteis.
Hoje tenho uma mistura de tristeza com paz, coisa estranha, mas que faz sentido. Hoje decidi cortar com um episódio, que mais parece um capitulo. Foram 2 anos num chove não molha, a tolerar os caprichos alheios, a aceitar o deserespeito, a comparação, os jogos mentais de quem não nutre qualquer tipo de respeito por mim (nem por si prórprio), alguém que só se aproxima quando me afasto, e quando me tem por perto nem me valoriza.
Permiti ser usada, sabe Deus e eu porquê, é simples porque achava que era só isso que merecia, e que não devia ambicionar mais que umas migalhas, afinal antes pouco que nada. E é nessa mentalidade tacanha que a minha alma foi sofrendo dia a dia, porque aceitava o pouco, o resto, e nisto as pessoas formataram-se e formataram-me a não desejar, a não lutar, a dimininuir para caber e ser aceite.
Hoje com esta sensação agridoce, aprendo a soltar o que na verdade nunca foi meu, mas sim uma ilusão criada, porque alguém conseguir ler as minhas fraquezas e soube manipular as minhas dores.
Se os julgamentos são uma confissão de caracter, confesso que iludir-me foi mais fácil que aceitar a realidade, que do pouco eu fiz um manacial, que dos restos eu fiz enormes banquetes. E assim pouco a pouco e fui morrendo dia após dia, magoando-me semana após semana, sempre na expetativa de ser vista, de ser notada, de ser valorizada, de ser amada, de ser respeitada.
Não foi por falta de tentativas, nem diálogo da minha parte, mas a verdade é que quando alguém não te quer ouvir, não a podes obrigar, sendo assim, resta a esperança que o silêncio consiga fazer-se ecoar e a mensagem chegue a quem deva.
Despeço-me com a sensação de que fiz tudo o que podia fazer, e que não é o meu papel salvar ninguém e que dar-me a mim mesma o que dou aos outros, é a melhor maneira de me honrar e respeitar.